Abalança comercial brasileira fechou o mês de setembro com superávit de US$ 3,99 bilhões, o que elevou o saldo positivo acumulado no ano para US$ 47,86 bilhões. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (3/10) pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, durante entrevista coletiva virtual. Participaram o subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior, Herlon Brandão; e o coordenador-geral de Estatísticas, Saulo Castro.
Em setembro, as exportações somaram US$ 28,95 bilhões e as importações, US$ 24,95 bilhões, resultando no saldo positivo de US$ 3,99 bilhões e corrente de comércio de US$ 53,90 bilhões. No ano, as exportações totalizam US$ 253,84 bilhões e as importações, US$ 205,97 bilhões, com saldo positivo de US$ 47,86 bilhões e corrente de comércio de US$ 459,81 bilhões.
Nas exportações, comparadas as médias do mês de setembro deste ano (US$ 1,37 bilhão) com a de setembro de 2021 (US$ 1,16 bilhão), houve crescimento de 18,8%. Foi registrado crescimento de 47,5% na Agropecuária, que somou US$ 5,85 bilhões; queda de 4,1% na Indústria Extrativa, que chegou a US$ 6,76 bilhões e, por fim, crescimento de 22,3% na Indústria de Transformação, que alcançou US$ 16,13 bilhões. A combinação destes resultados levou ao aumento do total das exportações.
A expansão das exportações foi puxada, principalmente, pelo crescimento nas vendas dos seguintes produtos: milho não moído, exceto milho doce (260,0%), café não torrado (42,6%) e soja (6,4%) na Agropecuária; outros minerais em bruto (77,7%), outros minérios e concentrados dos metais de base (191,6%) e óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (40,9%) na Indústria Extrativa ; açúcares e melaços (44,7%), farelos de soja e outros alimentos para animais (excluídos cereais não moídos), farinhas de carnes e outros animais (71,8%) e celulose (68,9%) na Indústria de Transformação.
Em relação às importações houve crescimento de 24,9% (média de US$ 1,18 bilhão, em setembro de 2022; ante US$ 951,21 milhões, em setembro do ano passado). Foi apurado crescimento de 7,6% na Agropecuária, que somou US$ 487 milhões; crescimento de 40,6% na Indústria Extrativa, que chegou a US$ 1,84 bilhão e, por fim, crescimento de 24,7% na Indústria de Transformação, que alcançou US$ 22,43 bilhões. A combinação destes resultados motivou ao aumento das importações, explica a Secex.
O movimento de crescimento nas importações foi influenciado pela ampliação das compras dos seguintes produtos: trigo e centeio, não moídos (32,0%), cevada, não moída (5.632,8%) e frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas (21,5%) na Agropecuária; pedra, areia e cascalho (70,0%), outros minerais em bruto (9,7%) e óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (192,7%) na Indústria Extrativa ; óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) (142,9%), compostos organo-inorgânicos, compostos heterocíclicos, ácidos nucléicos e seus sais, e sulfonamidas (65,4%) e inseticidas, rodenticidas, fungicidas, herbicidas, reguladores de crescimento para plantas, desinfetantes e semelhantes (75,1%) na Indústria de Transformação.
A média diária da corrente de comércio totalizou US$ 2,56 bilhões em setembro e o saldo, também por média diária, foi de US$ 190,17 milhões. Em comparação com a média de setembro de 2021, houve crescimento de 21,5% na corrente de comércio.
Nas exportações, comparadas as médias do período entre janeiro e setembro de 2022 (US$ 1,34 bilhão) com a de igual período de 2021 (US$ 1,13 bilhão) houve crescimento de 18,4%. Houve crescimento de 31,7% na Agropecuária, que somou US$ 59,60 bilhões; queda de -9,4% na Indústria Extrativa, que chegou a US$ 56,96 bilhões e, por fim, crescimento de 29,4% na Indústria de Transformação, que alcançou US$ 136,06 bilhões. A associação destes resultados levou ao aumento do total das exportações.
O crescimento nas exportações no acumulado do ano foi influenciada pelo crescimento das vendas nos seguintes produtos: milho não moído, exceto milho doce (171,9%), café não torrado (53,8%) e soja (20,9%) na Agropecuária; outros minerais em bruto (75,2%), minérios de níquel e seus concentrados (41,8%) e óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (33,1%) na Indústria Extrativa ; carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (39,7%), farelos de soja e outros alimentos para animais (excluídos cereais não moídos), farinhas de carnes e outros animais (42,3%) e óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) (86,4%) na Indústria de Transformação.
Em relação às importações, houve crescimento de 30,6% na comparação entre as médias dos primeiros nove meses de 2022 (US$ 1,08 bilhão) em relação ao mesmo período do ano passado (US$ 834,24 milhões). A Secex informa que houve crescimento de 12,8% em Agropecuária, que somou US$ 4,36 bilhões; expansão de 90,9% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 16,80 bilhões e crescimento de 28,3% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 183,01 bilhões. A combinação destes resultados levou ao aumento do total das importações.
A média diária da corrente de comércio do período entre janeiro e setembro totalizou US$ 2,43 bilhões, ou seja, crescimento de 23,6% em relação a igual período de 2021.
A Secex também divulgou novas estimativas para o resultado da balança comercial brasileira em todo o ano de 2022. A atual projeção indica superávit da balança comercial de US$ 55,4 bilhões (ante R$ 81,5 bilhões na previsão anterior), com US$ 330,3 bilhões de exportações e US$ 274,9 bilhões de importações, resultando em corrente de comércio de US$ 605,2 bilhões.
Fonte: Agência Brasil
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